risos,
murmúrios e saudades
o rebento de
flor que me foi dado
ecoam da
terra antigas liberdades
Pã
reencontra-se em cores e sons
ouvem-se
flautas, gemem violinos
todos
estamos belos, todos somos bons
casamento e
batizado este repicar de sinos
o verde
enche os olhos e aspira-se do chão
tudo volta a
estar calmo, ouve-se na brisa a paz
nada adoenta
agora, nada em todo o mundo é vão
tudo são
esperanças que de novo o vento traz
Aspiro
sôfrego o pólen libertado
estendo os
meus olhos em direção a todo lado
deixo entrar
nos ouvidos palavras e trinados
deito-me na
relva entranhando a frescura
saboreio
delícias secretas em gelados
enquanto
este inebriamento dura
Se tanta
fome deu em tal fartura
valeu a pena
sofrer tão grande espera
Fica para
trás a era da amargura
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