Nascido na Lisboa dos anos 60, falecido algures entre o final dos anos 80 e a primeira metade dos 90, teve uma breve ressurreição nos anos recentes para acabar de viver a sua morte. São-lhe alheios os graus académicos que tem e ainda mais a profissão onde acabou por morrer. O mesmo se diga da esporádica atividade política e da cidade onde lhe calhou ser estrangeiro. Enquanto jazia falecido, casou e procriou, e a estranheza de se ter entregado totalmente durante um quarto de século acabou como devia ter começado. E, durante todos esses anos, o poeta falecido e largado fora como lixo era um trambolho que incomodava cada ação, cada pensamento, cada situação. O cadáver do poeta manteve-se como um aguilhão, uma acusação, uma denúncia que exigia um funeral condigno. Talvez, agora, possa para sempre descansar.
Blog criado criado para substituir uma página de Facebook de promoção de um livro em quatro volumes publicado na Bubok em novembro de 2019. Entretanto, o livro migrou para a Chiado em 2021 e para a Amazon em 2022, onde foi publicado igualmente um novo livro.
"O poeta morreu. Postumamente, se publicam os seus versos. (...) Maníaco sagrado, o poeta está próximo do xamã, do profeta e do louco, mas sem doutrina em que tenha de crer, nem divindades por que se deva deixar possuir, nem delírio a que esteja coercivamente submetido. Proclamador do patente que os outros ocultam ou evitam, ser poeta não é meio, mas princípio e fim."
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