não termina a primavera,[1]
tal como por dor sofrida
não se acaba com a vida,
mas cada qual, ao sofrer,
passa a ser o que não era:
a ferida fica a doer,
lembrança resta severa.
O mesmo com a alegria,
o mesmo com um amor,
o mesmo com toda vida.
Se a andorinha morria,
que não se console a dor
com continuação da vida.
Ela deixou de ser o que era,
seja ou não seja
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