gotas
de chuva a cair.
Um
nervosinho miúdo,
uma
ânsia de fugir.
A
chuva enche um carreiro
num
crepúsculo cinzento.
Molhado,
ladra um rafeiro.
Torno-me,
em carne, lamento.
Deste
lado da vidraça,
o
ruído enche o bar.
Perpassa
uma luz baça.
Quero
sair e ficar.
O
ar está cheio e pesado,
e
eu, vazio ou cansado.
Toco,
movido arrepio,
o
vidro do meu olhar.
Toco-lhe
e sinto frio.
P'ra
além do vidro, perdido,
olho
solidão devastada.
Os
ramos das árvores nus,
a
relva suja e molhada.
A
terra está desgrenhada,
as
ervas tremem de frio...
Desejos
de madrugada
na
luz do sol que fugiu.
A
vidraça? Onde está?
E
eu? Aqui? Acolá?
Confunde-se
o meu olhar,
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