Tudo o que fui não é nada
o que poderia ser, tudo
a existência fracassada
oculta no sobretudo
Viver não é um caminho
morrer não é um destino
embebedei-me sem vinho
de mim mesmo clandestino
O mesmo vazio de sempre
percorrer-se nos dejetos
de ser tão-só algo entre
entre sujeito e objetos
entre átomos e planetas
terréu de caos e cometas
© Joaquim Lúcio, 11/1/25
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